Diego Ortiz
A Vigilância Sanitária (VS) da Prefeitura de Mogi Mirim interditou, no final da manhã da última quinta-feira, 14, a clínica odontológica Sorriso do Povo, localizada na Rua Conde de Parnaíba, nas proximidades do Bar do Zito, no Centro de Mogi Mirim. Dois motivos foram alegados pela Vigilância para realizar a interdição: falta de licença de funcionamento e más condições de higiene, com risco iminente à saúde pública. O sócio-proprietário da clínica, Leandro Nascimento, ficou revoltado com a versão apresentada pela Prefeitura, pois admite ter havido um problema relacionado à licença, mas nega qualquer irregularidade relativa à higiene.
Procurada por A COMARCA, porém, a Vigilância reforçou ter havido dois problemas diferentes e informou terem sido lavrados dois autos de infração, um para cada caso, e que somente a questão da higiene já bastaria para gerar a interdição. Segundo informou a Vigilância, no início da semana, a Secretaria de Saúde recebeu, via Ouvidoria Municipal, uma denúncia de que a clínica prestava atendimento de maneira irregular. Os fiscais sanitários estiveram, então, na sede do estabelecimento e confirmaram as falhas.
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Reportagem de A COMARCA flagrou momento em que a clínica odontológica foi fechada, na quinta (Foto: Diego Ortiz/A COMARCA) |
No local, a Vigilância revelou ter sido constatada inconsistência na higienização em materiais e equipamentos usados na clínica, o que pode causar infecção, e ausência de cuidado com o descarte do lixo contaminado e materiais esterilizados. A informação divulgada alega ainda que, diante do risco à saúde da população, os fiscais lacraram a clínica.
Ainda segundo a nota da Prefeitura, a clínica já havia sido orientada a organizar toda a documentação necessária para a abertura antes de iniciar o funcionamento, porém não cumpriu a exigência.
Por intermédio da Secretaria de Planejamento, a Prefeitura solicitou a apresentação do Laudo Técnico de Aprovação (LDA) da planta do imóvel, com todo o projeto arquitetônico. O documento será analisado tanto pela Vigilância Sanitária quanto pela secretaria para emissão do alvará de funcionamento.
Na quinta-feira, 14, a Prefeitura informou ter dado o prazo de dez dias para os responsáveis pelo estabelecimento apresentarem recurso de defesa, pontuando em quanto tempo serão solucionados os problemas encontrados pelos fiscais sanitários. Por ora, a clínica permanece fechada e com atendimento suspenso ao público.
Inconformado, promete processar a Prefeitura pela divulgação acusada como inverídica. “Isso é uma mentira, é uma maneira suja de querer queimar a imagem da clínica. Tanto que segunda ou mais tardar terça-feira, eu vou conseguir a liberação de tudo isso”, declarou, afirmando ter sofrido uma armação de concorrentes que celebraram o fechamento da clínica.