Termina neste domingo, 20, o verão, a estação do ano que, em tese, é a mais chuvosa e a que também possui outra característica relacionada à atividade climática: a elevada incidência de raios. Em Mogi Mirim, segundo dados fornecidos pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), foram registrados, nos dois primeiros meses deste ano, um total de 5.485 descargas elétricas, número menor do que aquele observado no mesmo período do ano passado (5.877), mas superior a 2020, quando os registros atingiram a marca de 3.421 raios.
Conforme explicou a assessoria de comunicação do Elat/Inpe, esse tipo de informação é obtida por meio de um sistema de sensores espalhados por todo o país. “Quando um raio acontece, ele emite ondas eletromagnéticas que se propagam pelo espaço e são captadas por sensores de superfície. Os dados dos sensores são analisados de modo a obter a informação do momento exato em que ocorreu, local de incidência e a intensidade da corrente”, informou o órgão, a pedido de A COMARCA.
A reportagem quis ainda saber qual a importância deste tipo de estudo. Segundo o Elat/Inpe, trata-se de um esforço conjugado entre o órgão e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para alertar a sociedade a respeito dos riscos das descargas elétricas, principalmente, objetivando evitar óbitos, que são muitos a cada ano em todo o Brasil, causados pelo fenômeno.
De acordo com um estudo do próprio Elat/Inpe, o Brasil ocupa a 7ª posição mundial em número de mortes causadas por descargas elétricas neste século, com 2.194 ocorrências até 2020 – uma média de 110 casos por ano no período.
