O prefeito Paulo Silva (PDT), em entrevista ao jornal A COMARCA, disse, nesta quinta-feira, 31, que “não há mais nada a negociar” com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Mirim (Sinsep) e que todas as propostas foram colocadas na mesa.
Sobre um reajuste acima de 2%, o prefeito foi enfático: “o orçamento municipal não aguentaria”. Paulo Silva acredita que vai haver bom senso por parte da categoria, uma vez que o reajuste e o conjunto de medidas proposto beneficiam, segundo explicou, quem ganha menos, ou seja, a maioria dos servidores.
“Se revogarmos os benefícios, como os R$ 300 de cartão alimentação, isenção da cesta básica e vale transporte, e dermos 10% de reajuste, vai significar muito pouco para quem ganha um salário. Aliás, é menos da metade do vale-alimentação”, comparou o prefeito.
Paulo Silva também apontou que na gestão do ex-prefeito Carlos Nelson Bueno (2017-2020), a inflação foi de 16%, mas ele só concedeu 5% de reajuste para os funcionários públicos. “No primeiro ano, o reajuste foi 0%. Depois deu 1,5% (2018), 2% (2019) e, por fim, 1,5% em 2020”, lembrou.
O prefeito disse que todos os reajustes de CNB ficaram abaixo da inflação. “Não podemos estourar o orçamento. Um reajuste de 11% comprometeria o nosso orçamento, além de ferir o limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)”, ressaltou.
Um ponto que o Sinsep e a categoria vem questionando é sobre o reajuste do vale alimentação de R$ 300, que seria ofertado aos servidores anualmente. Paulo Silva respondeu que isso pode ser acertado com o sindicato, que colocaria um reajuste nos próximos dissídios. “Foi assim com a cesta básica, que foi melhorando ao longo dos anos”, observou.